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      A História do Champagne – parte 2

      Os espumantes da região de Champagne viraram febre na corte francesa do século XVIII, animando as festas da aristocracia parisiense e os jantares da nobreza em seus chatêaux. Sua imagem, desde aquela época, está associada ao luxo e às celebrações.

      Com a Revolução Francesa, porém, muito dos compradores de Champagne foram parar na guilhotina ou fugiram para outros países. Durante as “Guerras Napoleônicas”, com o bloqueio dos portos europeus, boa parte da produção teve que ser contrabandeada. Foi apenas com a derrota de Napoleão que o Champagne entrou oficialmente nas cortes estrangeiras, conquistando seu lugar nas taças da nobreza européia.

      Foi nesse período que uma senhora chamada Madame Clicquot-Ponsardin se tornou viúva (veuve, em francês) e assumiu o controle de uma das mais importantes Maisons da região de Champagne.  Com ajuda de seu mestre de cave, Anton von Müller, desenvolveu a técnica de remouage. Após esse processo, Veuve Clicquot adicionava nas garrafas o licor de expedição, uma espécie de xarope, para dosar a doçura do Champagne.

      Durante a maior parte do século XIX o Champagne produzido era doce. O alto teor de açúcar adicionado pelo licor de expedição visava agradar os diferentes mercados da bebida, como a Rússia, a França e os Estados Unidos, que a preferiam doce. Apenas a Inglaterra preferia o estilo seco, chamado brut, que aos poucos foi conquistando o restante da Europa conforme a qualidade do Champagne aumentava.

      Com a chegada do século XX, chegaram grandes desafios à produção de Champagne: a Revolução Russa de 1917 interrompeu as vendas ao segundo maior mercado consumidor até então; a I Guerra Mundial praticamente destruiu o vinhedo e as cidades da região, e obrigou a população a se refugiar da artilharia alemã nas caves subterrâneas; a “Lei Seca” americana de 1920 e a Grande Depressão da década de 30 fez as vendas despencarem; a II Guerra Mundial trouxe mais destruição para o vinhedo de Champagne…

      Apesar das dificuldades, os últimos 70 anos viram a produção e popularidade do Champagne aumentarem progressivamente e conquistarem o mundo. Sua fama inspirou o surgimento de inúmeros “imitadores” ao redor do mundo, além de uma infinidade de espumantes em outros países. Foram necessárias leis rígidas para delimitar a área de produção e impedir o uso do termo “Champagne” em espumantes de fora da AOC.

      Hoje, “Champagne” se tornou não apenas a expressão de um terroir, mas também uma marca em si mesmo, e um ícone de luxo.

       

      Fonte: Blog Vinho Nosso

      https://vinhonosso.com

      (imagem: divulgação)

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